sábado, 13 de agosto de 2011

A DOUTRINA DO ESPIRITO SANTO- PARACLETOLOGIA






Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
janio-construcaocivil.blogspot.com
 
Esta doutrina segue em ordem a doutrina de Jesus e a da salvação, por que é ele, o Espírito Santo que aplica a obra de Jesus nos corações dos homens. É um engano pensarmos que o Espírito Santo é uma força que influencia ou um ser impessoal.

Os nomes do Espírito Santo

a. ESPÍRITO – I Co 2. 10

• O termo grego "PNEUMA", aplicado ao Esp. Santo, tanto envolve o pensamento de "fôlego" como o de "vento". a.1. – Como fôlego – Jo 20. 22/ Gn 2. 7/ Sl 104. 30/ Jó 33. 4/ Ez 37. 1 – 10

a.2. – Como vento – Jo 3.6 – 8/ At 2 : 1 – 4 O Espírito é o hálito de Deus – a vida de Deus que dEle sai para vivificar.

OS SÍMBOLOS APLICADOS AO ESPÍRITO. SANTO.

• Ele é comparado com ÁGUA – Jo 7. 38 – 39; Jo 4. 14 – Ele vivifica

• Ele é comparado com ÓLEO – Lc 4.18; At 10. 38; 2 Co1. 21; I jo 2. 20 - Que Ele ilumina e prepara para o serviço de Deus.

• Ele é comparado com uma POMBA – MT 3. 16; Mc 1. 10; Lc 3. 22/ Jo 1. 32 sua pureza.

• Ele é comparado com um SELO – 2 Co 1. 22; Ef 1. 13 e 4: 30 É garantia de nossa redenção.

• Ele é comparado com VESTIMENTA – Lc 24. 49 – Cobrir de santidade.

• Ele é comparado a um PENHOR - 2 Co 1 22 e 5. 5; Ef 1. 14 – Ele nunca falha.

• Ele é comparado com FOGO – At 2. 3 – Ele aquece nossos corações.

• Ele é comparado com um SERVO – Gn 24 – Está sempre pronto a nos servir.

a. ESPÍRITO SANTO – Lc 11. 13; Rm 1. 4

b. O caráter moral essencial do Espírito é salientado nesse nome. Ele é SANTO (maior atributo de DEUS), em pessoa e caráter, e também é o autor direto da Santidade do homem. O nome Esp. Santo é tomado com toda freqüência, não por ser este mais Santo que os demais da Divindade, mas porque oficialmente sua Obra é Santificar.

c. ESPÍRITO ETERNO – Hb 9. 14

• Assim como a eternidade é atributo ou característica da natureza de Deus, semelhantemente a eternidade é atributo do Esp. Santo como uma das distinções pessoais no Ser de Deus.

- NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM DEUS.

a. O ESPÍRITO DE DEUS – Is 11. 2
b. O ESPÍRITO DO SENHOR JEOVÁ – Is 61. 1
c. O ESPÍRITO DO DEUS VIVO – 2 Co 3 : 3

NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM O FILHO DE DEUS.

a. O ESPÍRITO DE CRISTO – Rm 8. 9/ At 2. 36
b. O ESPÍRITO DE SEU FILHO - Gl 4. 6
c. O ESPÍRITO DE JESUS – At 16. 6,7/ At 1. 1,2/ MT 28. 19; Fp 1. 19; At 2. 32,33/ Is 11. 2 com Hb 1. 9 -

Esse nome identifica o Messias Divino com o homem Jesus, e mostra a relação que o Esp. Santo sustenta com Ele, conforme aqui identificado.

– NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM OS HOMENS.

a. ESP. PURIFICADOR – Is 4. 4/ Mt 3 . 11
b. SANTO ESP. DA PROMESSA – Ef 1. 13; At 1. 4,5; At 2. 33
c. ESP. DA VERDADE – Jo 15. 26; 14. 17, 16. 13; I Jo 4. 6, 5. 6
d. ESP. DA VIDA – Rm 8. 2
e. ESP. DA GRAÇA – Hb 10. 29
f. ESP. DA GLÓRIA – I Pd 4: 13,14; Ef 3. 16 – 19; Rm 8. 16. 17
g. O CONSOLADOR – Jo 14. 26. Jo 15. 26, 16. 7; I Jo 2. 2

1 - ESPÍRITO SANTO, SUA NATUREZA

Quem é o Espirito Santo?

A resposta a essa pergunta encontrar-se-á no estudo dos nomes que lhe foram dados, os símbolos que ilustram suas obras.

1- Os nomes do Espírito Santo.

a) Espirito de Deus.

O Espirito é o executivo da Divindade, operando tanto na esfera física como moral.

1- É o Espirito Santo divino no sentido absoluto.

Prova-se sua divindade pelos seguintes fatos: Atributos divinos lhe são aplicados; ele é eterno, onipresente, onipotente e onisciente, (Hb 9.14; Sl 139.7-10; Lc 1.35; 1 Co 2.10-11).

Obras divinas lhe são atribuídas, como sejam: criação, regeneração e ressurreição, (Gn 1:2; Jó 33:4; Jo 3:5-8; Rm 8.11).

2- O Espírito Santo é uma pessoa ou é apenas uma influência?

Muitas vezes descreve-se o Espírito duma maneira impessoal - como o Sopro que preenche, a Unção que unge, e o Fogo que ilumina e aquece, a Água que é derramada e o Dom do qual todos participam.

3- É o Espirito Santo uma personalidade distinta e separada de Deus?

Sim; o Espirito procede de Deus, é enviado de Deus, é dom de Deus aos homens. No entanto, o Espirito não é independente de Deus. Ele sempre representa o único Deus operando nas esferas do pensamento, da vontade,da atividade. O fato de o Espírito poder ser um com Deus e ao mesmo tempo ser distinto de Deus é parte do grande mistério da Trindade.

b) Espirito de Cristo. Rm 8:9.

Não há nenhuma distinção especial entre as expressões Espirito de Deus, Espirito de Cristo, e Espirito Santo. Há somente um Espirito Santo, da mesma maneira como há somente um Deus e um Filho. Mas o Espirito Santo tem muitos nomes que descrevem seus diversos ministérios.

c) Consolador. Esse é o título dado ao Espirito no Evangelho de João, 14 - 17.

Um estudo de fundo histórico destes capítulos revelará o significado do dom. Os discípulos haviam tomado sua ultima ceia com o Mestre. Os seus corações estavam tristes pensando na sua partida, e estavam oprimidos pelo sentimento de fraqueza e debilidade.

Quem nos ajudará quando ele partir?

Quem nos ensinará e nos guiará?

Quem estará conosco quando pregarmos e ensinarmos?

Como poderemos enfrentar um mundo hostil?

Cristo aquietou esses temores infundados com esta promessa: "Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre", (Jo 14.16).

d) Espirito Santo.

Ele é chamado santo, porque é o Espirito do Santo, e porque sua obra principal é a santificação. Necessitamos dum Salvador por duas razões: para fazer alguma coisa por nós, e alguma coisa em nós. Jesus fez o primeiro ao morrer por nós; e pelo Espirito Santo ele habita em nós, transmitindo às nossas almas a sua vida divina.

e) Espirito da promessa.

O Espirito é chamado assim porque sua graça e seu poder são umas das bênçãos principais prometidas no A.T., (Ez 36.7; Jl 2.28).

f) Espirito da verdade.

O propósito da Encarnação foi revelar o Pai; a missão do Consolador é revelar o Filho. O Espirito Santo é o intérprete de Jesus Cristo.

g) Espirito da graça. Hb 10.29; Zc 2.10.

O Espirito Santo dá graça ao homem para que se arrependa, quando ele peleja com ele; concede o poder para santificação, perseverança e serviço.

h) Espirito da vida. Rm 8:2; Ap 11.11.

Um credo antigo dizia: "creio no Espirito Santo, o Senhor, e Doador da vida". O Espirito é aquela Pessoa da Divindade cujo oficio especial é a criação e a preservação da vida natural e espiritual.

i) Espirito de adoção. Rm 8:15.

"Como Cristo é nossa testemunha no céu, assim aqui na terra o Espirito testifica com nosso espirito que somos filhos de Deus".

2 - Símbolos do Espirito Santo.

a) Fogo

- Is 4:4; Mt 3:11; Lc 3:16. O fogo ilustra limpeza, a purificação, a intrepidez ardente, e o zelo produzido pela unção do Espírito, Jr 20:9.

b) Vento

– Ez 37:7-10; Jo 3:8; At 2.2. O vento Simboliza a obra regeneradora do Espirito e é indicativo da sua misteriosa operação independente, penetrante, vivificante e purificante.

c) Água

- Êx 17:6; Ez 36.25-27; 47.1;Jo 3.5; 7:38-39. O Espirito é a fonte da água viva, a mais pura, e a melhor, porque é um verdadeiro rio de vida - inundando as nossas almas, e limpando a poeira do pecado. A água purifica, refresca, sacia a sede, e torna frutífero o estéril. Ela purifica o que está sujo e restaura a limpeza.

Qual é o significado da expressão "água viva"? É viva em contraste com as águas fétidas de cisternas e brejos: é água que salta, correndo sempre da sua fonte, sempre evidenciando vida.

d) Selo

- Ef 1:13; 2Tm 2:19. Essa ilustração exprime os seguintes pensamentos: 1- Possessão. A impressão dum selo dá as entender uma relação com o dono do selo, e é um sinal seguro de algo que lhe pertence. 2- A idéia de segurança também está incluída, Ap 7.3; Rm 8:16

e) Azeite

- O azeite é talvez, o mais comum e mais conhecido símbolo do Espirito. Quando se usava o azeite no ritual do A.T., falava-se de utilidade, frutificação, beleza, vida e transformação.

f) Pomba

- A pomba, como símbolo, significa brandura, doçura, amabilidade, inocência, suavidade, paz, pureza e paciência.

2 - O ESPIRITO NO ANTIGO TESTAMENTO

O Espirito Santo é revelado no A.T. de três maneiras:

1- Como Espirito criador ou cósmico, por cujo poder o universo e todos os seres foram criados;

2- como Espirito dinâmico ou doador de poder;

3- como Espirito regenerador, pelo qual a natureza humana é transformada.

- Espirito Criador

- O Espirito Santo é a terceira pessoa da Trindade por cujo poder o universo foi criado. Ele pairava por sobre a face das águas e participou da glória da criação, Gn 1.2; Jó 2613; Sl 36.6; 104.30.

- Espirito dinâmico que produz. O Espirito Criador criou o homem a fim de formar uma sociedade governada por Deus; em outras palavras, o reino de Deus. A operação dinâmica do Espirito criou duas classes de ministros:

1- obreiros para Deus, homens de ação, organizadores, executivos;

2- locutores para Deus, profetas e mestres.

a) Obreiros para Deus - Como exemplos de obreiros inspirados pelo Espirito, mencionamos: Josué; Nm 27.8-21; Otniel; José; Bezalael; ver At 6.3.

b) Locutores de Deus - O profeta de Israel, podemos dizer, era um locutor de Deus - um que recebia mensagens de Deus e as entregava ao povo.

3 - O ESPIRITO EM CRISTO

O Espirito é mencionado em conexão com as seguintes crises e aspectos do ministério de Cristo.

1- Nascimento

- O Espirito Santo é descrito como o agente na milagrosa concepção de Jesus, Mt 1.20;Lc 1.35. Jesus esteve relacionado com o Espirito de Deus desde o primeiro momento da sua existência humana. O Espirito Santo desceu sobre Maria, o Poder do Altíssimo cobriu-a com sua sombra, e aquele que dela nasceu foi dado o direito de ser chamado santo Filho de Deus.

2 - Batismo

- Com o passar dos anos, começou uma nova relação com o Espirito. Aquele que havia sido concebido pelo Espirito e que era cônscio da morada do Espirito divino em sua pessoa foi ungido com o Espirito. Assim como o Espirito desceu sobre Maria na concepção, assim também no batismo o Espirito desceu sobre o Filho, ungindo-o como Profeta, Sacerdote e Rei. A primeira operação santificou sua humanidade; a segunda consagrou sua vida oficial.

3 - Ministério

- Logo foi levado pelo Espirito ao deserto, Mt 1.12, para ser tentado por Satanás. Ali ele venceu as sugestões do príncipe deste mundo, as quais o teriam tentado a fazer sua obra duma maneira egoísta, vangloriosa e num espirito mundano, e a usar seu poder conforme o curso de ação da ordem natural, Lc 4.18; 11:20; At 10.38.

4 - Crucificação

- O mesmo Espirito que o conduziu ao deserto e o sustentou ali, também lhe deu força para consumar seu ministério sobre a cruz, onde, "pelo Espirito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus", Hb 9.14. Ele foi à cruz com a unção ainda sobre ele, Hb 12.2.

5 - Ressurreição

- O Espirito Santo foi o agente vivificante na ressurreição de Cristo, Rm 1.4; 8.11. Alguns dias depois desse evento, Cristo apareceu a seus discípulos, soprou sobre eles, e disse: "Recebei o Espirito Santo", Jo 20.22; At 1.2. Uma comparação com Gn 2.7 indica que o sopro divino simboliza um ato criador. Mais tarde Cristo é descrito como um Espirito vivificante, ou o que dá vida, 1 Co 15.45.

6 - Ascensão

a) Notem os seguintes três graus na concessão do Espirito a Cristo:

1- Na sua concepção, o Espirito de Deus foi, desde esse momento, o Espirito de Jesus, o poder vivificante e santificador, pelo qual ingressou na sua carreira de Filho do homem e pelo qual viveu até o fim.

2- Com o passar dos anos começou uma nova relação com o Espirito.

3- Depois da ascensão, o Espirito veio a ser Espirito de Cristo no sentido de ser concedido a outros. Espirito veio para habitar em Cristo, não somente para suas próprias necessidades, mas também para que ele o derramasse sobre todos os crentes.

Todos os membros do corpo de Cristo, como reino de sacerdotes, participam da unção do Espirito que mana da sua cabeça, nosso Sumo Sacerdote que subiu aos céus.

4 - O ESPIRITO NA EXPERIÊNCIA HUMANA

Esta sessão concerne às várias operações do Espirito em relação com os homens.

1 - Convicção

- Em Jo 16:7-11; Jesus descreve a obra do Consolador em relação ao mundo. O Espirito agirá como "promotor de "Justiça", por assim dizer, trabalhando para conseguir uma condenação divina contra os que rejeitam a Cristo.

Convencer significa levar ao conhecimento verdades que de outra maneira seriam postas em dúvida ou rejeitadas, ou provar acusações feitas contra a conduta. Os homens não sabem o que é o pecado, a justiça e o juízo; portanto, precisam ser convencidos da verdade espiritual.

a) O pecado da incredulidade

- Quando Pedro pregou no dia de Pentecostes, ele nada disse acerca da vida licenciosa do povo, do seu mundanismo, ou de sua cobiça; ele não entrou em detalhes sobre sua depravação para envergonhá-los. O Pecado do qual os culpou, e do qual mandou que se arrependessem, foi a crucificação do Senhor da glória; o perigo do qual os avisou foi o de se recusarem a crer em Jesus.

b) A justiça de Cristo

- Jo 16.11. Jesus Cristo foi crucificado como malfeitor e impostor. Mas depois do dia de Pentecoste, o derramamento do Espirito e a realização do milagre em seu nome convenceram a milhares de judeus de que não somente ele era justo, mas também era a fonte única e o caminho da justiça, At 2.36,37.

c) O juízo sobre satanás

- Jo 16.11. Como se convencerão as pessoas na atualidade de que o crime será castigado? Pela descoberta do crime e seu subseqüente castigo; em outras palavras, pela demonstração da justiça. A cruz foi uma demonstração da verdade de que o poder de Satanás sobre a vida dos homens foi destruído, e de que sua completa ruína foi decretada, Hb 2.14-15; 1 Jo 3.8; Cl 2.15; Rm 16.20.

2 - Regeneração

- A obra criadora do Espirito sobre a alma ilustra-se pela obra criadora do Espirito de Deus no princípio sobre o corpo do homem. Voltemos a cena apresentada em Gn 2.7. Deus tomou do pó da terra e formou um corpo. Ali jazia inanimado e quieto esse corpo. Embora já estando no mundo, e rodeado por suas belezas, esse corpo não reagia porque não tinha vida. Não via, não ouvia, não entendia. Então, "Deus soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente". Como sucedeu com o corpo, assim também sucede com a alma.

O homem está rodeado pelo mundo espiritual e rodeado por Deus que não esta longe de nenhum de nós, At 17.27. No entanto, o homem vive e opera como se esse mundo de Deus não existisse, em razão de estar morto espiritualmente, não podendo reagir como devia. Mas quando o mesmo Senhor que vivificou o corpo vivifica a alma, a pessoa desperta para o mundo espiritual e começa a viver a vida espiritual.

3 - Habitação

- Jo 14.17; Rm 8.9; 1 Co 6.19; 2 Tm 1.14; 1 Jo 1.27; Cl 1.27; Ap 3.20. Deus está sempre e necessariamente presente em toda parte, nele vivem todos os homens; nele se movem e tem seu ser. Mas a habitação interior significa que Deus está presente duma maneira nova, mantendo uma relação pessoal com o indivíduo.

Pela fé e o arrependimento o homem volta-se para Deus e torna-se regenerado. A regeneração pelo Espirito envolve união com Deus e com Cristo, 1 Co 6.17, que é conhecida como habitação, 1 Co 6.19. Essa habitação do Espirito ou essa possessão do Espirito pelo homem é o distintivo do cristão do N.T., Rm 8.9; Jd 19.

4 - Santificação

- Na regeneração o Espirito Santo efetua uma mudança radical na alma, concedendo-lhe um novo principio de vida. Mas isso não significa que os filhos de Deus sejam imediatamente perfeitos. Permanece a debilidade hereditária adquirida; e ainda falta vencer o mundo, a carne e o diabo.

Se o Espirito de Deus operasse um só ato e depois se retirasse, indubitavelmente o convertido voltaria a seus antigos caminhos. Mas o Espirito continua a obra que começou. Aqueles que nasceram pela semente incorruptível da Palavra de Deus, 1Pe 1.23, devem desejar, o leite racional, 1Pe 2:2. Também o Espirito age diretamente sobre a alma, produzindo essas virtudes especiais do caráter cristão conhecidas como fruto do Espirito, Gl 5.22-23.

5 - Revestimento de poder

- Fatos concernentes a dotação de poder:

a) Sua natureza geral

- As seções anteriores trataram da obra regeneradora e santificadora do Espirito Santo; nesta seção trataremos de outro modo de operação: sua obra vitalizante. Esta ultima fase da obra do Espirito é apresentada na promessa de Cristo em At 1.8.

1 - A característica principal dessa promessa é poder para servir e não regeneração para a vida eterna.

2 - As palavra foram dirigidas a homens que já estavam em relação íntima com Cristo, Mt 10.1; Lc 10.20; Jo 15.23.

3 - Acompanhando o cumprimento dessa promessa, At 1.8 , houve manifestações sobrenaturais, At 2.1-4, das quais, a mais importante e comum foi o milagre de falar em outros idiomas.

4 - Esse revestimento é descrito como um batismo, At 1:5. Quando Paulo declara que somente há um batismo, Ef 4.5, ele se refere ao batismo literal nas águas. Tanto os judeus como os pagãos praticavam as lavagens cerimoniais, e João Batista havia administrado o batismo nas águas para arrependimento; mas Paulo declara que agora somente um batismo é válido diante de Deus, a saber, o batismo autorizado por Jesus e efetuado em nome da trindade - em outras palavras, o batismo cristão.

5 - Essa comunicação de poder é descrita como ser cheio do Espirito.

Aqueles que foram batizados com o Espirito Santo no dia de pentecostes também foram cheios do Espirito.

b) Suas características especiais

- Os fatos acima expostos nos levam a conclusão que o crente pode experimentar um revestimento de poder, experiência suplementar e subseqüente à conversão cuja manifestação inicial se evidencia pelo milagre de falar em língua por ele nunca aprendida.

c) A maneira da recepção

- Uma atitude correta é essencial.

Os primeiros crentes que receberam o Espirito Santo "perseveraram unânimes em oração e súplicas", At 1.14. O ideal seria a pessoa receber o derramamento de poder imediatamente após a conversão, mas realmente há várias circunstâncias duma e de outra natureza que tornam necessário algum tempo de espera diante do Senhor, At 8.15-17.

Visto que o batismo de poder é descrito como um dom, At 10.45, o crente pode requerer diante do trono da graça o cumprimento da promessa de Jesus, Lc 11.13. Isso com: Oração individual; Obediência, At 5.32, e, com a igreja em unanimidade.

6 – Glorificação

- Estará o Espirito Santo com o crente no céu?

Ou o Espirito o deixará após a morte?

A resposta é que o Espirito Santo no crente é como uma fonte de água que salta para a vida eterna, Jo 4.4. A habitação do Espirito representa apenas o principio da vida eterna, que será consumada na vida vindoura.

7 - Pecados contra o Espirito Santo

As benévolas operações do Espirito trazem grandes bênçãos, mas essas inferem responsabilidades correspondentes. Falando de modo geral, os crentes podem entristecer mentir á Pessoa do Espirito, e extinguir seu poder, Ef 4.30; At 5.3-4; 1Ts 5.19.

Os incrédulos podem blasfemar contra a Pessoa do Espirito e resistir ao seu poder, At 7.51; Mt 12.31-32. Em cada caso o contexto explicará a natureza do pecado.

5 - OS DONS DO ESPIRITO

1 - Natureza geral dos dons

- Os dons do Espirito devem distinguir do dom do Espirito. Os primeiros descrevem as capacidades sobrenaturais concedidas pelo Espirito para ministérios especiais; o segundo refere-se à concessão do Espirito aos crentes conforme é ministrado por Cristo glorificado, At 2.33.

Esses dons são descritos como " manifestações do Espirito", "dada para o que for útil", (isto é, para beneficio da igreja). Aqui temos a definição bíblica duma "manifestação" do Espirito, a saber, a operação de qualquer um dos nove dons do Espirito.

2- Variedade dos Dons.

a) A palavra da Sabedoria

- Por essa expressão entende-se o pronunciamento ou declaração de sabedoria. Que tipo de sabedoria? É usada no N. T. com: A arte de interpretar sonhos e dar conselhos sábios, At 7.10; prudência em tratar assuntos, At 6.3; habilidade santa no trato com pessoas de fora da igreja, Cl 4:5; jeito e discrição em comunicar verdades cristãs, (Cl 1.28); o conhecimento e prática para uma vida piedosa e reta, (Tg 1:5; 3:13,17).

b) A palavra da ciência

- É um pronunciamento ou declaração de fatos, inspirado dum modo sobrenatural. Em quais assuntos? Um estudo do uso da palavra "ciência" nos dará a resposta.

A palavra denota:

- o conhecimento de Deus, tal como é oferecido nos evangelhos, 2 Co 2.14, especialmente na exposição que Paulo fez, (2 Co 10.5);
- o conhecimento das coisas que pertencem a Deus, (Rm 11.13);
- o conhecimento mais elevado das coisas divinas e cristãs das quais os falsos mestres se jactam, (1Tm .20);
- sabedoria moral como se demonstra numa vida reta, (2Pe 1.5) e nas relações com os demais, 1Pe 3:7;
- o conhecimento concernentes às coisas divinas e aos deveres humanos, (Rm 2.20; Cl 2:3).

c) Fé

- "fé especial" Esta deve-se distinguir da fé salvadora e da confiança em Deus, sem a qual é impossível agradar-lhe, Hb 11:6.
Nesta passagem a palavra "dom" é usada em oposição às obras; é uma qualidade de fé, ás vezes chamada de fé "miraculosa".

d) Dons de curar


- Dizer que uma pessoa tenha os dons de curar (variedades de curas) significa que são usadas por Deus duma maneira sobrenatural para dar saude aos enfermos por meio da oração.

e) Operação de milagres

- "obras de poder". A chave é Poder, Jo 14.12; At 1.8 .

Os milagres especiais em Éfeso são uma ilustração da operação deste dom, At 19.11,12; 5.12-15.

f) Profecia

- A profecia geralmente falando, é expressão vocal inspirada pelo Espirito de Deus. A profecia se distingue da pregação comum em que, enquanto a última é geralmente o produto do estudo de revelação existente, a profecia é o resultado da inspiração espiritual espontânea. Não se tenciona suplantar a pregação ou o ensino, senão completá-lo com o toque da inspiração, (1Co 14.13).

g) Discernimento de espíritos

- Vimos que pode haver uma inspiração falsa, a obra de espíritos enganadores ou pelo espirito humano. Como se pode perceber essa diferença? Pelo dom do discernimento que dá capacidade ao possuidor para determinar se o profeta esta falando ou não pelo Espirito de Deus.

h) Línguas

- "Variedade de línguas". O dom de línguas é o poder de falar sobrenaturalmente em uma língua nunca aprendida por quem fala, sendo essa língua feita inteligível aos ouvintes por meio do dom igualmente sobrenatural de interpretação, (1Co 14.2,5; 1Co 12.30).

i) Interpretação de línguas

- é tornar inteligíveis as expressões do êxtase inspirados pelo Espirito que se pronunciaram em uma língua desconhecida da grande maioria presente, repetindo-se claramente na língua comum do povo congregado.

3 - Regulamento dos dons.

- A faísca que fende a árvore queima casas e mata gente, é da mesma natureza da eletricidade gerada na usina que tão eficientemente ilumina as casas e aciona as fábricas. A diferença está apenas em que a da usina é controlada. Em 1Co 12, Paulo revelou os grandiosos recursos espirituais de poder disponível para igreja; no capitulo 14 ele mostra como esse poder deve ser regulado, de modo que edifique, em lugar de destruir, a igreja.

O capitulo 14 expõe os seguintes princípios para esse regulado:

a) Valor proporcional - Vs. 5-10.

Os Corintios haviam-se inclinado demasiadamente para o dom de línguas, indubitavelmente por causa de sua natureza espetacular, mas, não havia interpretação.

b) Edificação

- Os propósitos dos dons é a edificação da igreja, para encorajar os crentes e converter os descrentes. Mas, diz, Paulo, se um de fora entra na igreja e tudo que houve é falar em línguas sem interpretação, bem concluirá: esse povo é demente, Vs 12,23.

c) Sabedoria - Vs. 2).

Em outras palavras "usai o senso comum".

d) Autodomínio - Vs. 32.

Alguns coríntios poderiam protestar assim: "não podemos silenciar; quando o Espirito Santo vem sobre nós, somos obrigados a falar". Mas Paulo responderia: "Os espíritos dos profetas são sujeitos aos profetas".

e) Ordem - Vs. 40.

O Espirito Santo, o grande Arquiteto do universo com toda sua beleza, não inspirará aquilo que seja desordenado e vergonhoso.

f) Suscetível de ensino

- Infere-se no Vs. 36-37 que alguns dos coríntios haviam ficado ofendidos pela crítica construtiva de seus dirigentes. - Devemos diferenciar entre MANIFESTAÇÕES e reações.

4 - Recebimento dos dons. Requisitos.

Deus é soberano na questão de outorgar os dons; é ele quem decide quanto à classe de dom a ser outorgado. Mas geralmente Deus age em cooperação com o homem, e há alguma coisa que o homem pode fazer neste caso.

Que se requer daqueles que desejam os dons?

a) Submissão à vontade divina

- A atitude deve ser, não o que eu quero, mas o que ele quer.

b) Ambição santa

- (1 Co 12. 31; 14.1.) Nossa ambição deve ser consagrada ao serviço de Deus.

c) Desejo ardente

- Isso resultará em oração, e sempre em submissão a Deus, (1Re 3.5-10; 2Re 2.9,10).

d) Fé

- Alguns têm perguntado o seguinte: "Devemos esperar pelos dons?

" Posto que os dons espirituais são instrumentos para a edificação da igreja, parece mais razoável começar a trabalhar para Deus e confiar nele a fim de que conceda o dom necessário para a tarefa particular.

e) Aquiescência

- O fogo da inspiração pode ser extinto pela negligência; daí a necessidade de despertar (Literalmente "acender") o dom que está em nós, (2 Tm 1.6; 1 Tm 4.14).

5 - A prova dos dons
Apresentamos as seguintes provas pelas quais se pode distinguir entre a inspiração verdadeira e a falsa.

a) Lealdade a Cristo

- Quando estava em Éfeso, Paulo recebeu uma carta da igreja em Corinto contendo certas perguntas, uma das quais era “concernente aos dons espirituais", (1 Co 12.3), sugere uma provável razão para a pergunta. Durante uma reunião, estando o dom de profecia em operação, ouvia-se uma voz que gritava: "Jesus é maldito".

É possível que algum adivinho ou devoto do templo pagão houvesse assistido a reunião, e quando o poder de Deus desceu sobre os cristãos, esses pagão se entregaram ao poder do demônio e se opuseram à confissão: "Jesus é Senhor", com a negação diabólica: "Jesus é maldito"! A história das missões modernas na China e em outros países oferece casos semelhantes.

b) Prova prática

- Os coríntios estavam divididos em facções; a igreja tolerava um caso de imoralidade indescritível; os irmãos processavam uns aos outros nos tribunais; alguns estavam retrocedendo para os costumes pagãos; outros participavam da ceia do Senhor em estado de embriaguez; isto é, faltava-lhes santificação.

c) A prova doutrinária

- O Espirito Santo veio para operar na esfera da verdade com relação à deidade de Cristo e sua obra expiatória. É inconcebível que ele contradissesse o que já foi revelado por Cristo e seus apóstolos.

Portanto, qualquer profeta, por exemplo, que negue a encarnação de Cristo, não está falando pelo Espirito de Deus, (1Jo 4:2,3).

6 - O ESPIRITO NA IGREJA

1 - O advento do Espirito.

O que ocorreu no Pentecoste.
Assim como o eterno Filho encarnou-se em corpo humano no seu nascimento, assim também o Espirito eterno se encarnou na igreja que é seu corpo. Isso ocorreu no dia de Pentecoste, "nascimento do Espirito". O que foi a manjedoura para o Cristo encarnado, assim foi o cenáculo para o Espirito. O que ocorreu nesse memorável dia?

a) O nascimento da igreja

- "E cumprindo-se o dia de Pentecoste". Era uma festa do A.T. que se comemorava 50 dias depois da Páscoa, razão porque era chamado, "Pentecoste" significa cinqüenta, (Lv 23.15-21). Significado típico: Os 120 no cenáculo eram as primícias da igreja cristã, oferecidas perante o Senhor pelo Espirito Santo, 50 dias depois da ressurreição de Cristo. Era o primogênito dos milhares e milhares de igrejas que desde então têm sido estabelecidas durante os últimos séculos.

b) A evidência da glorificação de Cristo

- A descida do Espirito Santo foi um "telegrama" sobrenatural, por assim dizer, anunciando a chegada de Cristo à destra do Pai, (At 2.23).

c) A consumação da obra de Cristo

- A proclamação da 0bra consumada.

d) a unção da igreja.

e) Habitação na igreja.

f) O começo duma nova dispensação

2 - O ministério do Espirito Santo.

O Espirito Santo é o representante de Cristo; a ele está entregue toda a administração da igreja até a volta de Jesus. A direção do Espirito é reconhecida nos seguintes aspectos da vida da igreja:

a) Administração

- Os grandes movimentos missionários da igreja primitiva foram ordenados e aprovados pelo Espirito, (At 8.29; 10.19,44; 13.2,4).

b) Pregação

- Os cristãos primitivos estavam acostumados a ouvir o Evangelho sendo pregado "pelo Espirito que veio do céu", (1Pe 1.12), e recebiam com "gozo do Espirito", (1Ts 1.6).

c) Oração

- devemos aproximar de Deus no nome de Jesus, unido espiritualmente a Cristo pelo Espirito.

d) Canto

- Como resultado de ser cheio, (Ef 5.18-19)

e) Testemunho

- Na igreja primitiva não existia essa linha de separação entre o ministério e o povo leigo que hoje em dia se observa na cristandade. A qualquer que estivesse dotado com algum dom do Espirito, quer fosse profecia, ensino, sabedoria, línguas ou interpretação, lhe era permitido contribuir com sua parte no culto. "exemplo do corpo humano".

3 - A ascensão do Espirito.

O que é certo de Cristo é certo do Espirito.

Depois de concluir sua missão dispensacional, ele voltará ao céu num corpo que ele criou para si mesmo, esse "novo homem",( Ef 2.15), que é a igreja, o seu corpo. A obra distintiva do Espirito é "tomar deles um povo para seu nome"( de Cristo; At 15.14) e quando isso for realizado e houver entrado "a plenitude dos gentios", Rm 11:25, terá lugar o arrebatamento da igreja, é o Cristo terreal, (1Co 12.12,27), levantando-se para encontrar o Cristo "celestial".

Assim como Cristo entregará finalmente seu reino ao Pai, assim também o Espirito Santo entregará sua administração ao Filho.

Dizem que o Espirito já não estará no mundo depois que a igreja for levantada. Isso não pode ser, porque o Espirito Santo, como Deidade, é onipresente. O que sucederá é a conclusão da missão dispensacional do Espirito como o Espirito de Cristo, depois da qual ainda permanecerá no mundo com outra e diferente relação

Jesus prometeu a vida abundante e frutífera como resultado da plenitude (controle e poder) do Espírito Santo

A vida cheia do Espírito é a vida dirigida por Cristo, pela qual Cristo vive sua vida em nós e através de nós, no poder do Espírito Santo (Jo 15).

Uma pessoa se torna cristã através do poder do Espírito Santo, conforme Jo 3.1-8. Desde o nascimento espiritual de novo o Espírito Santo permanentemente no cristão (Jo 1.12; Colossenses 2.9, 10; Jo 14.16,17). Embora o Espírito Santo habite em todos os cristãos, nem todos os cristãos são cheios (vivem sob o controle e poder) do Seu poder. O Espírito Santo é a fonte da vida transbordante (Jo 7.37-39).

O Espírito Santo veio para glorificar a Cristo (Jo 16.1-15). Quando alguém é cheio do Espírito Santo, ele é um verdadeiro discípulo de Cristo.

Antes de ascender aos céus, Cristo prometeu enviar-nos o poder do Espirito Santo para nos capacitar a fim de sermos suas testemunhas (At 1.1-9).

Então, como alguém pode ser cheio do Espírito Santo?

4. Somos cheios do Espírito Santo pela fé; Podemos, então, experimentar a vida abundante e frutífera que Cristo prometeu a todo cristão

Você pode ser cheio do Espírito Santo agora mesmo, se você:

Desejar sinceramente ser controlado e fortalecido pelo Espírito Santo (Mt 5.6; Jo 7.37-39).

Confessar os seus pecados. Pela fé agradeça a Deus o fato de lhe haver perdoado todos os pecado - passados, presentes e futuros - porque Cristo morreu por você (Cl 2.13-15; 1 Jo 1; 2.1-3; Hb 10.1-17).

Apresente cada área de sua vida a Deus (Rm 12.1-2).

Pela fé tome posse da plenitude do Espírito Santo, de acordo com:

1. Sua Ordem - Seja cheio do Espírito Santo. "E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito" (Ef 5.18)

2. Sua Promessa - Ele responderá quando orarmos de acordo com Sua vontade. "E esta é a confiança que temos Nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos". (1 Jo 5.14,15)

A fé pode ser expressa através da oração…

Como orar com fé para ser cheio do Espírito Santo Somos cheios do Espírito Santo pela fé. Entretanto, a verdadeira oração é um modo de expressar a sua fé. Faça comigo a seguinte oração:

"Querido Pai, eu preciso de Ti. Reconheço que tenho procurado dirigir a minha própria vida e como resultado, tenho pecado contra Ti. Agradeço-te pelo perdão dos meus pecados através da morte de Cristo na cruz. Agora convido a Cristo para tomar novamente a direção da minha vida. Enche-me do teu Espírito como ordenastes que eu fosse cheio e como prometeste em Tua Palavra que farias se pedisse com fé. Peço isto no nome de Jesus. Como expressão da minha fé, agradeço-te agora por dirigir a minha vida e encher-me do teu Espírito Santo. Amém"

Esta oração expressa o desejo do seu coração? Se é assim ore a Deus e confie em que Ele o encherá do Espírito Santo agora mesmo.

Como saber que você está cheio (sob o controle e poder) do Espírito Santo?

Você pediu a Deus que o enchesse do Espírito Santo? Você sabe que está cheio do Espírito Santo agora? Baseado em que? (Na fidelidade do próprio Deus e Sua Palavra), (Hb 11.6; Rm 14.22, 23.)

A nossa autoridade é a promessa da Palavra de Deus, a Bíblia, e não as nossas emoções . O cristão vive pela fé (confiança) na fidelidade de Deus e de Sua Palavra. O diagrama do trem, ilustra a relação entre fato (Deus e Sua Palavra), fé (nossa confiança em Deus e em Sua Palavra), e emoção (o resultado da nossa fé e obediência) (Jo 14.21).

A locomotiva correrá com o vagão ou sem ele. Entretanto, seria inútil o vagão tentar puxar a locomotiva. Da mesma forma, nós, como cristãos, não dependemos de sentimentos ou emoções, mas colocamos a nossa fé (confiança) na fidelidade de Deus e nas promessas de Sua Palavra.

Como andar no Espírito

A fé (confiança em Deus e em Suas Promessas) é o único meio pelo qual um cristão pode viver uma vida dirigida pelo Espírito Santo. À medida que você continua confiando em Cristo momento após momento:

Sua vida demonstrará mais e mais o fruto do Espírito (Gl 5.22, 23) e será cada vez mais transformado a imagem de Cristo (Rm 12.2; 2 Co 3.18).

Sua vida de oração e seu estudo da Palavra de Deus se tornarão mais significativos.

Você experimentará o Seu poder ao testemunhar (At 1.8).

Você estará preparado para o confronto espiritual contra o mundo (1 Jo 2.15-17); contra a carne (Gl 5.16-17); e contra satanás (1 Pe 5.7-9; Ef 6.10-13).

Você experimentará o poder de Deus para resistir a tentação e ao pecado (1 Co 10.13; Fp 4.13; Ef 1.19-23; 2 Tm 1.7; Rm 6.1-16). Respiração Espiritual

Pela fé você pode continuar a experimentar o amor de Deus e Seu perdão.

Se você percebe que algo em sua vida (atitudes ou ações) desagrada a Deus, mesmo que esteja andando com Ele e sinceramente deseje serví-lo, agradeça a Deus o perdão dos seus pecados - passados, presentes e futuros - mediante a morte de Cristo na cruz. Pela fé receba o amor e perdão de Deus e continue a ter comunhão com Ele.

Se você retomar o trono de sua vida através de algum pecado - o que é um ato definido de desobediência - respire espiritualmente.

Respiração Espiritual (exalando o que é impuro e inalando o que é puro) é um exercício de fé que permite a você continuar a experimentar o amor e o perdão de Deus.

1. Exale - confesse o pecado - reconheça que este pecado (ou pecados) é errado e desagrada a Deus e agradeça-lhe pelo seu perdão, de acordo com 1 Jo 1.9 e Hb 10.1-25. A confissão também envolve arrependimento - uma mudança de atitude que gera uma mudança de ação.

2. Inale - submeta o controle de sua vida a Cristo e pela fé aproprie-se da plenitude do Espírito Santo. Confie em que agora Ele o dirige e fortalece de acordo com a ordem de Ef 5.18, e a promessa de 1 Jo 5.14,15.

A minha oração a Deus é no sentido de que cada um de nós sejamos cheios do Espirito Santo; afinal ele é o responsável pelo arrebatamento da Igreja através do selo que cada um de nós membros do corpo de Cristo mantemos com Ele (Ef 4.31).

Que Deus nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus, amém!





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