sábado, 13 de agosto de 2011

A DOUTRINA DOS ANJOS - ANGELOLOGIA (parte 2)



 










Por: Jânio Santos de Oliveira
Presbítero e professor de teologia da Igreja Assembléia de Deus Taquara - Duque de Caxias- Rio de Janeiro
janio-construcaocivil.blogspot.com
 
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G. Defesas do crente contra Satanás:

1. Intercessão de Cristo (Hb 7:25; Jo 17.15).

A DOUTRINA DOS ANJOS - ANGELOLOGIA (parte2)

2. Ter a atitude correta para com Satanás (1Pe 5.8 e Jd1:8,9).

3. Estar vigilantes contra Satanás (1Pe 5.8).

4. Tomar uma atitude de resistência contra Satanás, mas por vezes devemos fugir (Tg 4.7 e 2Tm 2:22).

5. Usar a armadura espiritual (Ef 6.11-18).

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. (Hb 7.25 )

Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. (João 17:15 BRP)

Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; (1 Pe 5.8 )

8 E, contudo, também estes, semelhantemente adormecidos, contaminam a sua carne, e rejeitam a dominação, e vituperam as dignidades. 9 Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda. (Jd 1.8-9 )

Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; (1 Pe 5.8)

Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (T g 4.7 )

FOGE também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor. (2 Timóteo 2:22 BRP)

11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. 12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. 14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; 15 E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; 16 Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. 17 Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 18 Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, (Efésios 6:11-18 BRP)

16. Os anjos na história de Israel
Durante o tempo que se seguiu a monarquia judaica, os anjos tornam-se também eminentes na história do povo escolhido, algumas vezes livrando-os e outras castigando-os. Os anjos sempre estiveram presente na história de Israel, para transmitir a vontade de Deus para eles. Vejamos:

• Um anjo impediu que Abraão matasse Isaque – Gn.22.11-12
• Um anjo guiou Israel no deserto. Êx. 23.20-33
• Um anjo comissionou Gideão a libertar Israel do jugo dos midianitas – Jz. 6.11-14
• Um anjo feriu 70 mil escolhidos de Israel no tempo de Davi –II Sm. 24.14-17
• Um anjo acudiu Elias quando este fugia da fúria de Jezabel – I Rs. 19.5-7
• Durante o cativeiro babilônico um anjo livrou o profeta Daniel da Cova dos leões – Dn. 6.22
• Eliseu certa manhã viu-se cercado de anjos invisíveis aos olhos de seu criado, mas visíveis aos seus – II Rs. 6.14-17
• Um anjo ajudou ao profeta Zacarias na redação do seu livro – Zc. 1.9; 2.3; 4.5
• Um anjo subiu de Boquim e repreendeu os israelitas – Jz. 2.1-5
• Um anjo falou a Josué, quando este se encontrava ao pé de Jericó – Js. 5.13
• Um anjo apareceu ao Moisés do meio de uma sarça ardente – Êx. 3.2

A Bíblia ainda nos fornece vários exemplos em que os anjos estiveram presente na vida do povo eleito, seu ministério é vasto por todo o Antigo Testamento, eles afloram por toda Bíblia!

Estas aparições ou intervenções angelicais na história de Israel, são apenas manifestações tópicas, pois em outras ocasiões os anjos estiveram presentes, porém invisíveis aos olhos humanos. GLÓRIA DEUS!

17. Os anjos no ministério de Jesus
Durante toda sua vida terrena aqui, os anjos acompanharam a vida e o ministério de Jesus, os anjos estiveram com ele em todo tempo.

Vejamos:

• Os anjos anunciaram o seu nascimento – Lc. 2.9-15
• Os anjos serviram à Ele após a tentação no deserto – Mt. 4.11
• Os anjos anunciaram a sua ressurreição – Mt. 28.5-7
• Os anjos estiveram presente na sua ascensão vitoriosa aos céus – At. 1.11
• Os anjos voltarão com Ele em glória, por ocasião do arrebatamento da sua querida igreja – I Ts. 4.16; Jd. 14; Mt. 24.31

O doutor William Cooke, observa cuidadosamente como foi constante a assistência angelical ao Salvador encarnado durante sua vida e ministério aqui entre os homens.

Veja o que eles sentiram quando presenciavam cada detalhe da vida terrena e celestial do Salvador:

• DEUS ENCARNADO! Coisa nova para eles. Eles viram o filho em sua Divindade; mas nunca tinham o visto envolto em sua humanidade.

• DEUS COMO SERVO! Coisa no para eles. Eles o tinham visto como Governador do Universo: mas nunca como um súdito! Enfrentando satanás em conflito e prolongada tentação.

• DEUS TENTADO! Coisa nova para eles. Eles o tinham visto expulsando o arqui-rebelde de sua presença, atirando-o para a perdição mas nunca submetendo para ser tentado por ele.

• DEUS SOFRENDO ESCÁRNIO! Coisa nova para eles. Eles viram miríades de espíritos felizes adorando-o e amando-o; mas nunca o tinham visto pessoalmente insultado e maltratado por criaturas finitas.

• DEUS CRUCIFICADO! Coisa nova para eles. Eles o viram supremamente feliz e glorioso; mas vê-lo agonizando, ouvir aquele gemido agonizante: “Deus meu. Deus meu, porque me desamparaste?” ( Mt. 27.46b ). E contemplar aquele corpo sangrando, tudo para salvar o mundo que se revoltara contra ele! Que amor misterioso! Vê-lo depois de tudo isso entronizado e glorificado em sua forma suprema, era um fato novo na história moral do universo. Todas a s cenas eram cheias de interesse, de maravilhas e de mistério; uma gradação de maravilhas se sucedendo, até que culminaram na presença permanente do Deus-homem, resplandecente com uma glória que enche os Céu dos Céus. GLÓRIA DEUS! 18. Os anjos em relação à pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo

Embora os anjos sejam poderosos, e tenham um lindo ministério que mereça a nossa atenção e admiração, quando confrontamos eles com a pessoa de nosso Senhor Jesus, vimos que eles são inferiores nos seguintes aspectos:

• No nome – o nome de JESUS é mais excelente, e está acima de todo nome – cf. Fp. 2.9b; Hb. 1.4ss
• Na criação – os anjos são criaturas, Jesus é o Criador – Cl. 1.16,17 ; Hb. 1.7-14
• Na Salvação – os anjos são ministros da salvação; Jesus é o autor da Salvação – cf. At. 4.12
• Na adoração – os anjos são adoradores; Jesus é adorado – cf. Hb. 1.6; Ap. 19.10; 22.9

• No poder – os anjos são poderosos; Jesus tem todo poder – cf. Sl. 103.20; Mt. 28.18

19. Os anjos na obra da evangelização

Os anjos de algum modo estão envolvidos na evangelização, auxiliando o povo de Deus a cumprir o ide de Jesus – Mc. 16.15

Os anjos queriam pregar o evangelho – I Ped. 1.12, porém Deus reservou esta tarefa a sua igreja. Não tendo corpo os anjos não podem pregar, pois eles são espíritos – Hb. 1.14, devido a sua condição de espíritos, os anjos não podem testificar de milagres de Deus operados na sua vida, ou testificar que foi curado de alguma doença, nem dizer que recebeu livramento por parte de Deus, nem tão pouco dizer que foram perdoados de seus pecados, pois os mesmos não pecam, a Bíblia não fala em anjos que pecam, mas sim em anjos que pecaram, cf. Jd. 6

Mas se os anjos não podem pregar o evangelho será que os mesmos estão realmente envolvidos na pregação do mesmo? Respondemos que sim, por isso que pregamos nas praças, avenidas, ruas, etc., pois contamos com a presença destes ministros de Deus.

Vejamos alguns exemplos onde os anjos ajudaram na pregação do evangelho:

• Um anjo orientou a Felipe, e o resultado foi a conversão de uma preciosa alma para o Senhor Jesus – At. 8.26
• Um anjo tirou os apóstolos da prisão, e os ordenou que fossem pregar o evangelho de Jesus – At. 5.19-20
• Um anjo apareceu a Cornélio, e mandou que este chamasse a Pedro, e ele diria o que deveria fazer para que fosse salvo – At. 10.3-6

Evidentemente que a missão de pregar o evangelho está sobre a nossa responsabilidade, mas onde quer que vemos o evangelho transformar vida, cremos que de algum modo os anjos estejam totalmente envolvidos.

Conclusão: Amado irmão e irmã, creia que os anjos estão a nos guardar, pois eles são mensageiros de Deus – Hb.1.14, sua presença pode confortar em tempos de crise, por isso esta mensagem sobre os anjos é de grande conforto para os nossos dias, declara o Pr. Billy Graham, por isso não desanime, os anjos estão conosco, nós não estamos só neste mundo: Lembre-se há “milhões e milhões”, “milhares e milhares”, pois os carros ( anjos ) de Deus são vinte milhares, milhares de milhares – Sl. 68.17.

10. Como DEVEMOS LIDAR COM O DIABO?

A Escritura reivindica prover tudo o que necessitamos para a salvação e santificação (2Tm 3:16-17 e 2Pe 1:3). Contudo, os próprios ensinadores [do movimento] da "Batalha Espiritual" admitem que não existe evidência bíblica que um filho de Deus possa ser demonizado. Se esse é o caso, então obviamente a Escritura não provê nenhum "passos para libertação da possessão demoníaca". Agora, Neil Anderson e C. Fred Dickenson estão nos dizendo que estão nos provendo aquilo que a Palavra de Deus nunca se concedeu nos ensinar. Donde estão estes homens obtendo tal informação? Da experiência -- a mesma fonte donde os carismáticos obtêm os seus ensinos antibíblicos.

1. Nas epístolas existem dez referências a demônios (a maioria relatando certos fatos), mas existem mais de cinqüenta referências para "a carne" como sendo o principal inimigo do crente. A perspectiva do Novo Testamento é que a maior área de conflito é na área da carne, e não na da influência demoníaca.

2. Alguns estão-nos dizendo que demônios têm nomes que refletem suas influências. Nomes tais como "luxúria", "assassinato", "inveja", "mexerico", etc. Contudo, em nenhum lugar na Bíblia nós encontramos qualquer suporte para este ensino. A Escritura explicitamente diz que estas ações são produto da carne (e.g. Gál. 5:19-21 [acima]).

3. Anderson clama que quando lidamos com demônios é um "embate da verdade", e não um "embate de poder". No entanto, quando Jesus ou os Apóstolos expulsavam demônios era sempre um embate de poder. Jesus nunca, nem uma só vez, tentou argumentar com um indivíduo endemoninhado. Nunca, nem uma só vez, Ele lhes pediu para [os demônios] acreditarem na [se renderem à] verdade. Ele sempre energicamente expulsava os demônios dessas pessoas. Ademais, nem uma só pessoa nos Evangelhos jamais veio até Jesus para ser liberta dos demônios. A razão óbvia é que quando um demônio controla alguém, essa pessoa perdeu a sua capacidade para escolher o bem. Em contraste, os ensinadores [do movimento] da "Batalha Espiritual" nos dizem que os crentes estão indo ter com eles em grande número, para serem libertos.

1. Amarrar Satanás

-- baseado na má interpretação de três passagens: Mt 12:29; 16:19 e 18:18. O contexto no entanto revela que Mt 12:29 é uma ilustração do poder pessoal de Cristo sobre Satanás, e não nosso poder. Ademais, Mt 16:19 e 18:18 estão no contexto de cumprir [plenamente] a vontade de Deus na terra, incluindo a disciplina pela igreja.

Ou, como pode alguém entrar em casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa? (Mt 12:29) E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra, acontecerá que já foi ligado nos céus; e tudo o que desligares na terra acontecerá que já foi desligado nos céus (Mt 16:19).

Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra, acontecerá que já foi ligado no céu; e tudo o que desligardes na terra acontecerá que já foi desligado no céu. (Mt 18.18.)

2. Repreender o diabo

-- os crentes nunca são instruídos a repreender o diabo ou seus demônios. O Novo Testamento vê repreender como uma prerrogativa exclusiva de Jesus (Jd 9). Ademais, isto é marca dum falso profeta (2 Pe 2:4-12; Judas 1:8,9). Então, por que é que as pessoas repreendem o diabo? 2 Pe 2:12 e Judas 1:10 dizem que eles fazem isso porque não entendem o que estão fazendo. 2 Pe 2:10 sugere que fazem isso por causa da arrogância.

8 E, contudo, também estes, semelhantemente adormecidos, contaminam a sua carne, e rejeitam a dominação, e vituperam as dignidades. 9 Mas o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda. 10 Estes, porém, dizem mal do que não sabem; e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem. (J d 8-10)

... 9 Assim sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados; 10 Mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades; 11 Enquanto os anjos, sendo maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. 12 Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, (2 Pe 2.4-12)

3. Orar o sangue
-- Esta frase ou idéia não é encontrada no Novo Testamento. O sangue de Cristo nos purifica/liberta do pecado.

4. Maldições herdadas -- quatro razões porque tal idéia é incorreta

a. A salvação nos liberta de todos os pecados -- incluindo pecados de ocultismo. A Bíblia não reconhece pecados de ocultismo como uma categoria especial, que não foi tratada na cruz.

b. Êx 20.5 se refere à escolha de cada geração em seguir os pecados dos seus ancestrais. Ez 18.10-20 diz que cada um de nós será tratado de acordo com os seus próprios pecado.

c. Êx 20.5-6 e D t 5.9-10 lidam com Israel -- não com a igreja.

d. Não existe nem um único exemplo na Bíblia de uma pessoa salva estar sob uma maldição satânica, que tenha que ser "quebrada" por exorcistas cristãos ou por uma confissão especial [distinta da confissão do nosso pecado e confissão de que Cristo é nosso Salvador e Senhor, confissões feitas na nossa salvação].

e. Espíritos territoriais.

5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. 6 E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. (Êx 20.5-6)

9 Não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até à terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. 10 E faço misericórdia a milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos. (D t 5.9-10)

... 14 E eis que também, se ele gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez e, vendo-os, não cometer coisas semelhantes ... 17 Desviar do pobre a sua mão, não receber usura e juros, cumprir os meus juízos, e andar nos meus estatutos, o tal não morrerá pela iniqüidade de seu pai; certamente viverá. ... 20 A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. (Ez 18.10-20)

INSTRUÇÕES BÍBLICAS CONCERNENTES AO LIDAR COM DEMÔNIOS

A. Que Satanás e seus demônios estão ativamente envolvidos em tentar destruir nossas vidas é evidente através de toda a Escritura

1Pe 5.8 talvez resume o esforço e objetivos de Satanás melhor que qualquer outra passagem na Bíblia A grande questão é como é que nós devemos lidar com seus furiosos ataques de emboscada? Hoje, alguns ensinam que devemos repreender ou amarrar Satanás.

Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; (1Pe 5.8)

B. Em referência a Satanás, é-nos ensinado que devemos ter um papel defensivo

Quando crentes tomam a ofensiva contra Satanás, estão ultrapassando as suas fronteiras legítimas, e se envolvendo em situações que o Senhor nunca tinha planejado para eles. Ao invés de instruções concernentes ao exorcismo, amarramento, repreensão, etc., são ensinados (nos únicos três locais no Novo Testamento onde instruções são dadas concernentes a lidar com Satanás) a resistir ao Diabo (1Pe 5.6-9; Tg 4.7 e Ef 6.10-18).

Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo. (1Pe 5.6-9)

Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (Tg 4.7)

No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, (Ef 6.10-18) C. Somente a passagem em Efésios 6 nos ensina como resistir

i.e., vestindo a armadura de Deus. Paulo, como prisioneiro na altura que escreveu a epístola aos Efésios, observava diariamente a armadura protetora dos soldados que o guardavam. Usando a armadura como ilustração, Paulo explica-nos como podemos ficar firmes contras as astutas ciladas do Diabo. Seis peças da armadura são necessárias para a total proteção do crente contra os ataques de Satanás:

1. O Cinto da Verdade (6.14) --
O cinto era essencial para manter as outras peças da armadura no lugar e para assegurar a liberdade de movimento, segurando a longa túnica que os soldados usavam. A verdade aqui mencionada é a verdade objetiva da Palavra de Deus. Deus quer que sejamos completamente dominados e controlados pela verdade da Bíblia. É por causa de muitos Cristão não estarem completamente compenetrados com a absoluta verdade e autoridade final da Palavra de Deus que eles são ineficazes na batalha espiritual. Devemos tomar 2Tm 3.16,17 e 2 Pe 1:3 seriamente. Isto deve ser a nossa premissa.

Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; (Ef 6.14)

Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. (2 Tm 3.16-17)

Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude; (2 Pe 1.3)

2. A Couraça da Justiça (6.14) --
O [coração e demais] órgãos vitais de cada soldado Romano eram protegidos pela sua couraça. As pessoas necessitam de dois tipos de justiça que protegem seus pensamentos, emoções e vontades:

a. "Justiça oriunda da salvação" que é nos dada no momento da conversão (Rm. 4:5). Esta é a justiça de Cristo, e é-nos imputada sem mérito da nossa parte, quando confiamos em Cristo para o perdão dos nossos pecados.

b. "Justiça Pessoal" que se refere à justiça produzida nas nossas vidas pelo Espírito Santo. Isto toma lugar na vida dum crente quando reconhece o seu pecado e se volta para Cristo. Escolher viver "corretamente" é uma grande proteção.

Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; (Ef 6.14)

Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça. (Rm 4.5)

3. Sapatos do Evangelho da Paz (6.15) --
[o leitor] Irá notar que devemos ter os pés calçados na preparação do evangelho da paz. Isto fala da prontidão, firmeza de pés, mobilidade e proteção que advêm de termos o evangelho da paz. O que nos assegura a vitória final sobre Satanás é que temos paz com Deus (Rm 5.1,2). Portanto, podemos ficar firmes e inarredáveis porque nossos pés estão firmemente seguros na nossa inabalável relação com Deus.

E calçados os pés na preparação do evangelho da paz; (Ef 6.15)

Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. (Rm 5:2)

4. Escudo da Fé (6.16) --
Isto fala não da "fé para salvação" (pois essas pessoas já estão salvas), mas de uma "fé viva", uma confiança nas promessas e no poder de Deus. A principal arma de Satanás é nos fazer duvidar da Palavra de Deus. É pela fé em Deus e na Sua Palavra que somos capazes de lidar com quaisquer artimanhas que Satanás possa levantar no nosso caminho. Somente por tirar nosso olhar de nós mesmos e voltá-lo para Deus, colocando nossa confiança n´Ele tanto para a vida quanto para a morte e eternidade, confiando somente na Sua Palavra de revelação e de promessa, é que é possível repelir a chuva de mísseis inflamados de Satanás.

Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. (Ef 6.16)
5. Capacete da Salvação (6.17) --
1Ts 5.8 clarifica o sentido da expressão. O autor está falando não do leitor da epístola tornar-se salvo, mas antes no leitor ter a "esperança da salvação". Quer isto dizer, termos a certeza absoluta da nossa salvação, não importa o quão feroz se possa tornar a batalha.

Não fosse pelo fato que, mesmo no meio das maiores dificuldades e perseguições, a segurança de salvação habita em nossos corações, poderíamos facilmente desertar da batalha. O capacete da salvação nos capacita a irmos para a batalha com completa confiança, não em nós, mas no nosso Deus (Fp 1.6).

Que Deus nos ajude a aprender pelos princípios da sua Palavra o modelo ideal de como devemos lidar com o mundo invisível e espiritual tanto dos anjos quanto dos demônios.

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde em nome de Jesus. Amém!

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